Enquete do uso da música por pais em seus lares com seu filho com Transtorno do Espectro Autista: Implicações para o desenvolvimento de capacidades nas famílias

Resumo

Crianças em idade pré-escolar e com deficiências, incluindo o Transtorno do Espectro Autista (TEA), normalmente recebem serviços de atenção à primeira infância que adotam uma abordagem centrada na família para acompanhar os benefícios da criança e família. Abordagens centradas na família têm a finalidade de desenvolver a capacidade dos pais para apoiarem o desenvolvimento de seu filho imediatamente e futuramente, e, portanto, oferecem uma variedade de recursos aos pais. Uma indicação para verificar se esses recursos têm sido relevantes e úteis para a família é considerar como eles têm sido incorporados no dia-a-dia. Esse estudo avaliou 11 famílias cujos filhos com TEA entre 3-6 anos de idade foram atendidos em musicoterapia como parte de um estudo mais amplo, e pediu a elas para manter um diário de sua utilização das experiências musicais criadas como modelo dentro das sessões ao longo de sua semana usual. Esse é o primeiro estudo que solicitou aos pais de crianças com TEA que quantificassem o tempo utilizado nas experiências musicais. Os resultados demonstraram que as famílias podem e, de fato, utilizam a música para se envolverem com seu filho com TEA, com a média de tempo de 2.8 horas registradas por semana. O tempo médio era composto de quatro categorias de experiências musicais incluindo canto, canto e execução de instrumentos, improvisação com instrumentos, e audição musical. Desses, canto e audição musical foram as experiências mais populares (37% cada uma no total) e foram as que mais se mantiveram no acompanhamento. Esses resultados proporcionam um apoio preliminar demonstrando que a musicoterapia pode ser uma modalidade bem sucedida no apoio ao desenvolvimento de capacidades nas famílias ao incentivá-las a incorporar experiências musicais terapêuticas em seu dia-a-dia. São necessárias mais pesquisas de maneira mais detalhada para investigar esse princípio central da prática centrada na família, especialmente em relação a como a utilização das experiências musicais pelas famílias se modifica ao longo do tempo.