Negro Canto
A Arte e a Musicoterapia Como Enfrentamento do Racismo
DOI :
https://doi.org/10.15845/voices.v25i3.4567Mots-clés :
musicoterapia, racismo, feminismo, decolonialidadeRésumé
Neste trabalho exploramos como a arte e a musicoterapia se encontram como instrumentos de resistência e enfrentamento ao racismo, com foco na vivência de mulheres negras. Enquanto pessoas negras, observamos a solidão e os desafios de estarmos em espaços acadêmicos e profissionais predominantemente brancos, onde nossa pele sempre chega antes. A partir destes atravessamentos, analisamos como a arte, a performance e a musicoterapia podem servir como estratégias de resistência, afirmação e emancipação de identidades socialmente marginalizadas. A performance “Negro Canto,”inspirada em Elza Soares, Conceição Evaristo e Lélia Gonzalez, é apresentada como um ato político que transforma a dor individual em denúncia social, confrontando a violência e o silenciamento. Desta maneira, mais que uma denúncia, este artigo defende umamusicoterapia decolonial e emancipatória, que valorize as experiências de vida de populações marginalizadas, reforçando a necessidade de práticas que usem a música para reconstruir narrativas, fortalecer identidades e promover a justiça social.
Comentário Editorial
A partir do coração de suas próprias experiências, Mirandah e Junio nos questionam sobre as respostas que damos à presença do racismo no campo da formação e das práticas musicoterapêuticas. Suas experiências são de estranhamento, injustiça e violência. Mas, além de nos ajudar a tornar explícitas algumas questões incômodas, eles nos lembram do imenso poder da voz, do grito e do canto, da dança e da música, quando compartilhados com outras pessoas. Obrigado!
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© Líz Mirandah, Wagner Junio Ribeiro 2025

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