Negro Canto

A Arte e a Musicoterapia Como Enfrentamento do Racismo

著者

  • Líz Mirandah Universidade Ferderal de Minas Gerais, Brasil
  • Wagner Junio Ribeiro Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.15845/voices.v25i3.4567

キーワード:

musicoterapia, racismo, feminismo, decolonialidade

要旨

Neste trabalho exploramos como a arte e a musicoterapia se encontram como instrumentos de resistência e enfrentamento ao racismo, com foco na vivência de mulheres negras. Enquanto pessoas negras, observamos a solidão e os desafios de estarmos em espaços acadêmicos e profissionais predominantemente brancos, onde nossa pele sempre chega antes. A partir destes atravessamentos, analisamos como a arte, a performance e a musicoterapia podem servir como estratégias de resistência, afirmação e emancipação de identidades socialmente marginalizadas. A performance “Negro Canto,”inspirada em Elza Soares, Conceição Evaristo e Lélia Gonzalez, é apresentada como um ato político que transforma a dor individual em denúncia social, confrontando a violência e o silenciamento. Desta maneira, mais que uma denúncia, este artigo defende umamusicoterapia decolonial e emancipatória, que valorize as experiências de vida de populações marginalizadas, reforçando a necessidade de práticas que usem a música para reconstruir narrativas, fortalecer identidades e promover a justiça social.

Comentário Editorial

A partir do coração de suas próprias experiências, Mirandah e Junio nos questionam sobre as respostas que damos à presença do racismo no campo da formação e das práticas musicoterapêuticas. Suas experiências são de estranhamento, injustiça e violência. Mas, além de nos ajudar a tornar explícitas algumas questões incômodas, eles nos lembram do imenso poder da voz, do grito e do canto, da dança e da música, quando compartilhados com outras pessoas. Obrigado!

Author Biographies

Líz Mirandah, Universidade Ferderal de Minas Gerais, Brasil

artista multidisciplinar, cantora, atriz e performer dedicada à expressão criativa, ancestralidade e sensibilidade emocional. Especialista em Musicoterapia pela CENSUPEG e mestranda em Musicoterapia pela UFMG, utiliza canto, corpo e elemento visual para construir narrativas que explorem identidade, pertencimento e ancestralidade. Atua em palcos e projetos culturais diversos, com participação ativa em shows, oficinas e colaborações artísticas. Seu trabalho reflete compromisso com representatividade, arte como cura e transformação social.

Wagner Junio Ribeiro , Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil

Mestrando em Promoção da Saúde e Prevenção da Violência e Bacharel em Musicoterapia pela Universidade Federal de Minas Gerais –Brasil (UFMG). Especialista em Saúde Mental e Atenção Psicossocial. Professor Voluntário no curso de Musicoterapia da UFMG. Atua em pesquisas sobre musicoterapia, promoção da saúde e interseccionalidades, com foco nos estudos de raça, gênero e sexualidades LGBTQIA+. Fundador e atual coordenador do Coletivo Musicoteraprets Brasil.

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出版済

2025-11-03

How to Cite

Mirandah, L., & Ribeiro , W. J. (2025). Negro Canto: A Arte e a Musicoterapia Como Enfrentamento do Racismo. Voices: A World Forum for Music Therapy, 25(3). https://doi.org/10.15845/voices.v25i3.4567

巻号

セクション

Essays