Uma Abordagem à Noção de Conhecimento Situado
DOI:
https://doi.org/10.15845/voices.v25i3.4587Palavras-chave:
construção de conhecimento, privilégio epistêmico, injustiça epistêmicaResumo
Os autores deste ensaio integram a Comissão de Construção de Conhecimentos do Comitê Latino-Americano de Musicoterapia. Neste artigo, propusemo-nos a investigar a genealogia da noção de conhecimentos situados. A noção surge a partir da teoria do ponto de vista (Harding, Haraway) e tem sido frutífera nos debates sobre as formas de construir conhecimentos que ocorreram durante a segunda metade do século XX. Em articulação com a geografia crítica, ela possibilitou questionar os pressupostos positivistas e propor que: a) os conhecimentos são construídos em condições sociais e históricas particulares, afetadas por processos políticos; b) daí se deriva que considerar os conhecimentos, incluindo os conhecimentos científicos, como universais, neutros e objetivos é um mito; c) as comunidades possuem privilégio epistêmico ao relatar suas experiências e realidades; d) o caráter situado não se refere a localizações geográficas, mas aos processos reflexivos e críticos levados adiante pelas comunidades.
Comentário Editorial
Neste breve ensaio, os autores questionam-se sobre as condições necessárias para que os conhecimentos possam ser considerados situados. Suas reflexões nos levam a reconhecer o caráter performativo dos espaços nos quais realizamos nossas práticas profissionais, elaboramos teorias e investigamos. Eles apresentam situações de injustiça decorrentes do capitalismo cognitivo, mas, ao mesmo tempo e em consonância com as perspectivas decoloniais, reivindicam sua posição de privilégio epistêmico para narrar o desenvolvimento da disciplina na região.
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