Uma Abordagem à Noção de Conhecimento Situado

Autores

  • Emanuel Cerebello González Sociedad de Capacitación Kintsugi, Asociación Chilena de Musicoterapia, Chile
  • Angélica Chantré Universidad Nacional de Colômbia,Colômbia
  • Ernesto Erdmenger Orellana Asociación de Musicoterapeutas en México, Universidad Humanitas, México
  • Virginia Tosto Universidad de Buenos Aires, Universidad Juan Agustín Maza, Argentina

DOI:

https://doi.org/10.15845/voices.v25i3.4587

Palavras-chave:

construção de conhecimento, privilégio epistêmico, injustiça epistêmica

Resumo

Os autores deste ensaio integram a Comissão de Construção de Conhecimentos do Comitê Latino-Americano de Musicoterapia. Neste artigo, propusemo-nos a investigar a genealogia da noção de conhecimentos situados. A noção surge a partir da teoria do ponto de vista (Harding, Haraway) e tem sido frutífera nos debates sobre as formas de construir conhecimentos que ocorreram durante a segunda metade do século XX. Em articulação com a geografia crítica, ela possibilitou questionar os pressupostos positivistas e propor que: a) os conhecimentos são construídos em condições sociais e históricas particulares, afetadas por processos políticos; b) daí se deriva que considerar os conhecimentos, incluindo os conhecimentos científicos, como universais, neutros e objetivos é um mito; c) as comunidades possuem privilégio epistêmico ao relatar suas experiências e realidades; d) o caráter situado não se refere a localizações geográficas, mas aos processos reflexivos e críticos levados adiante pelas comunidades.

Comentário Editorial

Neste breve ensaio, os autores questionam-se sobre as condições necessárias para que os conhecimentos possam ser considerados situados. Suas reflexões nos levam a reconhecer o caráter performativo dos espaços nos quais realizamos nossas práticas profissionais, elaboramos teorias e investigamos. Eles apresentam situações de injustiça decorrentes do capitalismo cognitivo, mas, ao mesmo tempo e em consonância com as perspectivas decoloniais, reivindicam sua posição de privilégio epistêmico para narrar o desenvolvimento da disciplina na região.

Biografia do Autor

Emanuel Cerebello González, Sociedad de Capacitación Kintsugi, Asociación Chilena de Musicoterapia, Chile

Mestre em Educação Superior (USEK). Musicoterapeuta (UBA), Diplomado em Rítmica Dalcroze (EM), Diplomado em Investigação Científica (USEK), Diplomado em Planejamento e Avaliação da Aprendizagem (USEK), Diplomado em Metodologia em Educação Superior (USEK)

Angélica Chantré, Universidad Nacional de Colômbia,Colômbia

Médica cirurgiã, especialista em pediatria com mestrado em Musicoterapia (Colômbia). Realizou pesquisas e prática na área clínica com pacientes oncológicos, com demência e cuidadores

Ernesto Erdmenger Orellana, Asociación de Musicoterapeutas en México, Universidad Humanitas, México

Profissional em piano e psicólogo com mestrado em Musicoterapia Humanista e Gestalt. Coordenador da Comissão de Publicações da Associação de Musicoterapeutas do México. Comissário do México para a Comissão de Construção de Conhecimento no CLAM.

Virginia Tosto, Universidad de Buenos Aires, Universidad Juan Agustín Maza, Argentina

Licenciada em Musicoterapia. Doutoranda em Epistemologia e História da Ciência com uma pesquisa sobre Cognição Musical Corporificada. Desenvolve suas práticas profissionais na área de ensino e supervisão. Membro da Associação Argentina de Musicoterapia. Membro da Comissão de Construção de Conhecimento (Comitê Latino-Americano de Musicoterapia).

4587_authorphoto_Cerebelo-Gonzalez_et-al

Publicado

2025-11-03

Como Citar

Cerebello González, E., Chantré, A., Orellana, E. E., & Tosto, V. (2025). Uma Abordagem à Noção de Conhecimento Situado. Voices: A World Forum for Music Therapy, 25(3). https://doi.org/10.15845/voices.v25i3.4587

Edição

Seção

Essays