Marcos na Conversa

Entre a Musicoterapia e a Perspectiva Descolonial

Autores

  • Guillermo Castelo Residencia Interdisciplinaria en Salud Mental Comunitaria, Hospital Zonal de Esquel, Chubut, Argentina

DOI:

https://doi.org/10.15845/voices.v25i3.4570

Palavras-chave:

musicoterapia, perspectiva decolonial, estética do americano, paisagem como textura, saúde mental comunitária, Patagônia

Resumo

O artigo propõe um diálogo entre a Musicoterapia e a Perspectiva Descolonial a partir de três “marcos” que orientam uma reflexão crítica e situada. No primeiro, abordam-se as contribuições de Aníbal Quijano e sua noção de colonialidade do poder para repensar as categorias de saúde, sujeito e sociedade a partir da América Latina. O segundo marco desenvolve a ideia da “paisagem como textura,” inspirada na estética do americano de Rodolfo Kusch, como ferramenta analítica para a clínica musicoterapêutica, destacando a dimensão sensível e cultural do território. O terceiro marco apresenta experiências na Patagônia Argentina, onde a figura do “camponês” e a “cidade em forma de pão” revelam tensões entre o enraizamento, a identidade e os efeitos da colonialidade dopoder. O texto conclui convidando o coletivo musicoterapêutico e os profissionais de saúde a construir uma prática crítica, sensível e situada nos contextos latino-americanos.

Comentário Editorial

Como são as paisagens que habitamos? De que maneiras elas fazem parte de nossas práticas profissionais? Como os espaços em que nascemos e crescemos nos constituem como sujeitos? O que acontece conosco, no nosso íntimo, quando somos obrigados a migrar? O ensaio de Guillermo Castelo nos deixa essas perguntas e, além disso, nos permite reconhecer o poder que a música possui para expressar as experiências vividas pelos habitantes de algumas comunidades da região noroeste da Patagônia argentina em relação aos seus conhecimentos ancestrais.

 

Biografia do Autor

Guillermo Castelo, Residencia Interdisciplinaria en Salud Mental Comunitaria, Hospital Zonal de Esquel, Chubut, Argentina

Sou natural de Santa Fé (Argentina). Licenciado em Musicoterapia, atualmente estou cursando o terceiro ano da Residência Interdisciplinar em Saúde Mental Comunitária (RISMC) da província de Chubut. Diplomado em Saúde Mental Comunitária, realizei semináriosde pós-graduação a partir da perspectiva decolonial na Universidade Nacional de Tres de Febrero e na Universidade Nacional de Tierra del Fuego. Diploma superior em Saúde Mental Comunitária pela Universidade Nacional de Lanús.Sou dançarino, músico e pesquisador da expressão sonora-corporal a partir de uma abordagem situada em relação às formas que se apresentam para a organização da vida em comum dos povos.

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Publicado

2025-11-03

Como Citar

Castelo, G. (2025). Marcos na Conversa: Entre a Musicoterapia e a Perspectiva Descolonial. Voices: A World Forum for Music Therapy, 25(3). https://doi.org/10.15845/voices.v25i3.4570

Edição

Seção

Essays